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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Guajará Mirim: Nossa Sucupira às avessas

Na fictícia sucupira, o corrupto prefeito Odorico Paraguaçu elege como março da nova administração municipal a construção de um cemitério. Queria, o disputado entre as cajazeiras, evitar o sepultamento dos filhos da terra na cidade vizinha. A partir da idéia, o personagem de Dias Gomes passa a viver um hilariante drama. Por falta de mortos, Odorico fica impossibilitado de inaugurar a tão sonhada obra e apela até para o arquiinimigo Zeca Diabo na esperança de conseguir um defunto.

Longe das telas, realidade lamentavelmente avessa ocorre no segundo maior município de Rondônia em extensão territorial. Em Guajará-Mirim o cemitério Santa Cruz – o único da cidade não tem mais espaço para novas inumações. Para manter por perto a sepultura dos antes falecidos, os moradores imploram por autorização de outras famílias para dividir a cova e, ainda assim, pagam à  prefeitura pelos sete palmos devidamente cobrados.

Em muitos casos, famílias mais humildes, sem disposição financeira para construção de jazigos, so descobrem o amontoado de corpos na mesma sepultura no feriado de finados quando velas, flores, coroas e lagrimas se misturam em um mesmo espaço.

Não bastasse a dor inerente do sepultamento de quem partiu, o povo da pérola do Mamoré presencia cenas de terror no momento da despedida final “Os coveiros geralmente fazem as covas em cima de outras e quase sempre se deparam com resto mortais de outras pessoas” – informa reportagem local publicada no site da prefeitura.

A gravidade da situação chamou a atenção do ministério publico do estado de Rondônia. Em 2007, o então promotor de justiça local, Shalimar Marques, impetrou ação civil publica ambiental cautelar contra a prefeitura alegando o agravamento da degradação ambiental causando por abandono e superlotação. Um laudo pericial constatou que as covas não apresentam dimensão  e comprimento adequados. O cemitério construído para 3.600 sepulturas estava, à época, com mais de 5.060 dois graves problemas que levam à poluição do lençol freático.

O Caso se arrasta na justiça. O atual prefeito Atalíbio Pegorini anunciou no passado a construção de outro cemitério. Enquanto isso, o guajaramirense morre tal qual diria Chico Buarque “sem a parte que lhe cabe desse latifúndio”.


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